segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aonde estava ?

Tudo é tão vago...
Tudo que lembro é de acordar em um lugar frio, abafado. Não sei como, mas consegui sair, comecei a caminhar entre as folhas secas... as árvores sem vida.Tudo era silencioso, não ouço risos, nem choro, nem lamentos, nem agouro. Não sei onde estou, nem sei quem sou, tento me ver, mas não consigo; não sinto o calor do sol, à noite não vejo o esplendor das estrelas nem o brilho da lua. Tento descobrir quem sou, começo a caminhar... passo por rios de águas turvas e violentas. Vago na densa noite quando a luz do sol irá iluminar todo universo. Mas sem dormir eu me desperto, tudo está frio e nublado... Espanto-me com o silêncio, e pela primeira vez sinto um arrepio no meu corpo. Tudo! É tão vago onde estou. Quem sou eu? Começo a correr, tenho pressa de sair deste lugar horrendo e vazio. Não sinto mais meus pés, não vejo os pássaros, e nem ouço o seu cantar. Nem uma só palavra, nem um ser vivo.  Somente eu... Eu, mas quem sou eu? Neste imenso vazio de solidão tento encontrar minha alma, quem sabe ela me dirá quem sou? Ò minha alma onde estas? Apareça, faça-me companhia,  tira-me deste vazio! Há minha alma tudo é tão vago nem recordações eu tenho, minhas lembranças sumiram. Estou cercada pelo silêncio, selva da amargura e a selva da solidão. De tanto caminhar consigo ver a cidade, mas está vazia, e as poucas pessoas, que consigo ver me ignoram, em algumas eu toco pedindo socorro, mas é como se eu não existisse. Há! Estou me perdendo cada vez mais... Onde estão minhas lembranças? Serei eu um ser humano? Por que fui condenada há este mar de desilusão e tristeza... Sinto-me tão cansada devo encontrar um lugar para descansar, e onde eu possa me aquecer. Mas onde? Se tudo é vago e vazio... Neste longo caminho que tenho percorrido me perdi nos dias, nem sei mais contar os meus dias. Quem me dera poder ouvir o canto da sábia, as garças com sua beleza me alegrar. Vou seguir sem parar de caminhar, até onde meu corpo suportar. É eminente a dor do abandono e solidão. Será este o purgatório? Por quem fui julgada? Se não tenho lembranças como saber o meu pecado! Não sinto cansaço só tristeza, tudo é sem brilho, sem cor. Até os rios me rejeitam... Quem sou eu? O que sou? Estranhamente sou tomada por um sono incontrolável. Sinto muito frio, parece que estou em congelando. Adormeço profundamente... De repente ouço uma voz suave e sinto mãos batendo lentamente em meu rosto: Acorde tudo terminou  bem, você voltou para nós acabou o pesadelo. Você saiu do coma!

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